quarta-feira, 27 de julho de 2016

Venda ambulante de óculos vem perdendo espaço?

Atendendo ao convite do produtor e coordenador do blog Atalho Diário, Henrique Leite, a partir de hoje passo a colaborar com esse espaço publicando matérias que possam de alguma forma bem informar seus leitores. Minha intenção é mostrar fatos do dia-a-dia que muitas vezes passam despercebidos e que só notamos após uma conversa com pessoas envolvidas. Como sou repórter e por natureza, curioso, sempre me deparo com alguns assuntos interessantes. Pretendo também publicar alguns comentários sobre diversos problemas atuais ou até um pouco de curiosidade. Nessa nossa primeira participação vamos falar sobre um segmento da economia (mais um) que tem sido afetado pela crise e pouca gente sabe.
Certamente você já viu vendedores de óculos escuros em muitos pontos da cidade, mas principalmente na praia. Na verdade são produtos pirateados, sem precedência recomendada, mas não é esse o caso nesse momento. Recentemente fui à praia conversar com alguns deles sobre as vendas. Ouvi vários, mas eles me pediram para não divulgar seus nomes já que trabalham sem autorização. Todos me contaram a mesma história com pequenas variações, mas o problema enfrentado com a crise é o mesmo. Vamos escolher apenas um e colocar um nome fictício . Paulo Henrique tem 40 anos, é casado e não tem filhos. Ele me disse que há pouco tempo conseguia ganhar R$ 200,00, isso mesmo, duzentos reais por dia. Quando a crise chegou, em pouco tempo as vendas foram caindo e hoje quando ganha R$ 50,00 por dia pode dizer que fez muito bom negócio. Paulo Henrique diz que as pessoas antes compravam dois ou três óculos de uma vez, agora apenas olham e dizem que fica para outra vez. Mais três irmão de Paulo também trabalha nesse ramo. Ele disse também que na época das “vacas gordas” economizou e investiu o dinheiro em alguns terrenos em bairros populares, construiu quatro casinhas para alugar e é com elas que está tendo uma vida melhor, já os irmãos, garante ele, compraram carros, viajaram, gastaram com mulheres e agora estão sem nada. E ainda brinca: conselho não faltou .Paulo torce para que a situação se normalize a as vendas voltem a ser boas, mas não tem muita esperança
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Jornalista Carlos França
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DRT/SE 310